Persona: aprenda como definir o público-alvo de sua empresa

Persona: aprenda como definir o público-alvo de sua empresa

público-alvo

Quem trabalha com publicidade e propaganda sabe que este setor mudou radicalmente nos últimos anos. Mais recentemente, o mercado tem deixado de preferir estratégias de massa (como propagandas de TV e spots de rádio) para investir em soluções mais segmentadas, que atingem menos pessoas, mas têm um maior potencial de conversão do público-alvo.

É o caso do marketing de conteúdo. Trata-se de uma estratégia que visa atrair os clientes por meio de conteúdo de qualidade, usando formatos como:

  • Email marketing;

  • Posts de blog;

  • Materiais ricos (eBooks, webinars, etc);

  • Coleta de dados por meio de formulários.

Outro diferencial desta técnica é que, ao contrário da publicidade tradicional, ela não trabalha com o conceito de público-alvo: seu foco é atingir a persona do negócio.

Não sabe o que é isso? Então continue lendo e saiba mais sobre a sua elaboração e suas aplicações no planejamento estratégico de marketing de um negócio:

O que é uma persona?

Uma persona nada mais é do que um arquétipo do cliente ideal de um estabelecimento. Enquanto o público-alvo consiste em um explicação genérica do público que se pretende atingir, a persona é mais detalhada e realista, contando com elementos como:

  • Nome;

  • Idade;

  • Local onde reside;

  • Desafios e desejos.

Nota-se, portanto, que a elaboração deste arquétipo exige um conhecimento aprofundado dos indivíduos a serem atingidos. Consequentemente, um plano de marketing elaborado com base nela tende a ser muito mais eficiente – afinal, todas as ações serão direcionadas às suas particularidades.

Como criar uma persona?

Como a persona é um arquétipo absolutamente detalhado, além de ser o fator que guia todas as ações de marketing de uma empresa, sua elaboração deve ser feita de modo cuidadoso e detalhado. Afinal, tudo, desde o design grafico dos materiais impressos até os posts do blog, será direcionado para ela. Confira como elaborá-la a seguir:

  1. Esquematize as informações necessárias

Praticamente todo o procedimento de elaboração da persona consiste na coleta e na análise de diferentes dados. Portanto, o primeiro passo a se fazer é decidir quais são as informações importantes para o modelo.

Vale ressaltar que os dados necessários variam conforme o perfil do negócio e das ações que serão feitas com base neles. Por exemplo: no caso do trade marketing (ou seja, ações diretamente no ponto de venda) é preciso saber o horário durante o qual o público costuma visitar os estabelecimentos.

Já no caso de uma estratégia 100% digital, este dado é irrelevante – mas saber qual é o horário no qual os indivíduos acessam a internet pode ser interessante.

  1. Se possível, faça entrevistas

A melhor maneira de se montar uma persona é coletar os dados necessários para tal direto da fonte – ou seja, realizando entrevistas com quem já é cliente da empresa. Caso isso não seja possível, também há a opção de se fazer pesquisas online, usando as redes sociais ou plataformas de e-mails.

Caso a empresa seja muito nova e ainda não tenha uma quantidade considerável de clientes, sua atenção deve se voltar aos concorrentes. Salvo eventuais diferenciais, são grandes as chances de que as necessidades dos clientes sejam as mesmas.

  1. Sistematize e analise os dados

Após a coleta de todos os dados relacionados à persona, é preciso fazer uma análise aprofundada deles, de modo a obter insights valiosos para o planejamento de marketing.

Para que isso seja feito da maneira correta e com eficiência, é fundamental sistematizar todas as informações coletadas em forma de gráficos. Isso facilitará a sua leitura e, consequentemente, a identificação de tendências úteis para a obtenção de insights.

  1. Concretize a sua persona

Com todos os dados devidamente sintetizados e interpretados, chega-se à etapa final da elaboração da persona: a criação dos personagens de fato.

Como mencionado anteriormente, eles devem ter o mesmo grau de precisão que um personagem de uma história: nome, sobrenome, cidade onde vive, hobbies, necessidades, etc.

Entretanto, não é preciso ser muito meticuloso: via de regra, características físicas ficam de fora. A exceção são os casos nos quais isso é relevante para o segmento, como no caso dos cosméticos.

Vale ressaltar que uma empresa dificilmente atenderá a apenas um perfil de cliente: muitas vezes, cada produto ou serviço é adequado para um tipo diferente de persona ou público-alvo.

Por conta disso, não há nada de errado em se contar com mais de uma – desde que a segmentação seja realmente relevante para o negócio.