Hábitos de compras de mercado dos brasileiros

Hábitos de compras de mercado dos brasileiros

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Pesquisa mostra que compras pela internet ganharam espaço entre as pessoas, mas ainda há espaço para melhorias; veja outros dados


As compras de supermercado são parte importante do orçamento de toda família e, assim como outros hábitos de consumo, também vêm mudando seu formato com o tempo e, principalmente, por conta da pandemia.

 

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Qualibest mostrou algumas dessas mudanças.

 

Entre os principais insights da pesquisa “Jornada de Compra Do Consumidor Omnichannel”, alguns mostram quais itens ainda são preferência de compra no espaço físico (alimentação básica, como carnes e aves) e quais são os queridinhos das compras online (geralmente frutas e verduras).

 

Veja outras informações da pesquisa e entenda os hábitos de consumo quando o assunto é alimentação.

Compras online: nova realidade, mas com espaço para melhorias

A pandemia impulsionou as compras online em diversos setores, mas, nos primeiros meses da pandemia, as compras de supermercado não eram tão bem aceitas.

 

Segundo um levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS), em abril de 2020, 57% dos consumidores afirmaram não fazerem as compras pela internet por preferirem escolher os produtos pessoalmente no mercado.

 

De lá para cá, a aceitação do formato aumentou, fazendo com que mais pessoas começassem a realizar suas compras do mês pela internet pela facilidade e segurança, mas também pelas melhorias das plataformas.

 

Hoje, a pesquisa da SBVC indicou que 80% dos consumidores que fazem compras online de supermercado estão satisfeitos com a qualidade da experiência da jornada de compra.

 

Entre os principais meios utilizados para a compra, os aplicativos da própria rede de supermercados foram os favoritos, com preferência de 49% das pessoas. Com a mesma relevância, os aplicativos de entrega foram preferência de 48% dos entrevistados.

 

Os marketplaces não ficaram para trás e os clientes afirmaram realizar compras também por eles, sendo o formato escolhido por 42% das pessoas também. Ou seja, de maneira geral, a escolha do formato varia, mas a maior parte dos entrevistados usa mais de uma maneira de fazer suas compras.

 

Mesmo com o crescimento das compras online, a pesquisa indicou que a frequência das compras nas lojas físicas ainda é muito maior do que as feitas pela internet. Além disso, consumidores também podem acabar mesclando as compras entre os dois formatos.

Diferenças de consumo entre online e físico

Além das mudanças nos formatos de compra, a pesquisa também mostrou diferenças nas que foram feitas pela internet ou pelas lojas físicas. As diferenças foram:

 

Principais categorias de produtos comprados online

  • 58% alimentos básicos;
  • 58% produtos de limpeza;
  • 52% itens de mercearia.

 

Principais categorias de produtos comprados na loja física

 

  • 77% frutas, legumes e verduras;
  • 76% proteína animal (carnes e aves);
  • 76% alimentos básicos.

 

Pelos dados, é possível perceber que alimentos que as pessoas têm o costume de escolher (como as frutas e verduras) ainda são preferência na compra física, assim como as proteínas animais.

 

Como muitos clientes mesclam as compras entre os dois formatos, é possível que eles, muitas vezes, comprem parte dos itens nas lojas físicas e outra no online.

Também existem algumas semelhanças entre os dois formatos: as compras por impulso (de itens que não estavam na lista) têm como principal gatilho as promoções, em ambos os formatos.

 

Além disso, a forma de pagamento também é igual, uma vez que os clientes preferem utilizar o cartão de crédito tanto nos sites quanto nas lojas. O PIX também está sendo bastante utilizado, com predominância nas compras online, com 10% contra 5% nos espaços físicos.

Espaço para melhorias

De acordo com a SBVC e o Qualibest, os dados da pesquisa mostraram uma melhor aceitação das pessoas com as compras de supermercado online, porém, ainda com muito espaço para melhorias na jornada do cliente.

 

Isso principalmente considerando o cliente omnichannel, que não utiliza mais apenas um formato para suas compras, mas navega por todos eles.

 

Os números mostraram que 80% concordam que a experiência de compra online foi positiva. Desses, 24% plenamente atendidos; os outros 56% concordam com ressalvas.

 

Indicando que ainda existem processos a serem melhorados nesse sentido, abrindo espaço para que redes e marcas trabalhem ainda mais para oferecer uma jornada mais eficiente e aumentar ainda mais a popularidade das compras online.